quinta-feira, 13 de agosto de 2015

Trabalhadoras rurais na luta! "É melhor morrer na luta do que morrer de fome!"


Marcha das Margaridas: 32 anos após sua morte, Margarida Maria Alves
é imortalizada através do nome que puseram ao Movimento, em sua homenagem e
inspira a luta das mulheres do campo nos tempos atuais.
Margarida Maria Alves, esse era o nome de uma líder sindical, paraibana e representante das mulheres trabalhadoras rurais, assassinada na porta de sua casa em 12 de Agosto de 1983. 

Ontem, dia 12 de Agosto de 2015, foi o 32º ano de sua morte e as mulheres trabalhadoras do campo, tomaram as ruas, em um movimento lindo e emocionante, inspiradas ainda hoje, pelas fortes palavras desta notável mulher: "É melhor morrer na luta do que morrer de fome!" e no mesmo discurso, "da luta eu não fujo". Palavras proferidas por ela, 3 meses antes de ser brutalmente assassinada, no dia 1º de Maio de 1983. Assassinada para ser silenciada, pois sua liderança sindical, claramente incomodava muita gente na época.

Sua casa , transformada em museu no ano de 2001, traz em uma de suas paredes, a frase "Da luta eu não fujo". Frase que ate hoje é inspiração para as demais militantes do segmento. No museu, uma casa singela de 4 cômodos e fachada amarela é possível ver vários documentos da época, ligados à sua luta no movimento sindical, além de móveis, eletrodomésticos, roupas, ferramentas de trabalhadores rurais que trabalhavam nas lavouras de cana-de-açúcar, fotos e inúmeros objetos pessoais, tudo o que fazia parte de seu dia-a-dia.


Margarida Maria Alves (Alagoa Grande, PB); foi uma sindicalista brasileira responsável por
mais de cem ações trabalhistas na justiça do trabalho regional durante a ditadura militar.

O crime que lhe ceifou a vida alcançou uma repercussão internacional, fato que pode ser comprovado através de vários recortes de jornais da época. Tal fato, chamou a atenção para a tensão existente entre latifundiários e os sindicatos. Margarida Alves não seria a única liderança sindical, marcada par morrer. Por ser uma mulher guerreira e que não fugia da luta mesmo sob constantes ameaças, ela continuou seguindo firme e forte em sua missão, até que na fatídica data 12 de Agosto de 1983, com auxílio de uma espingarda calibre 12, um matador de aluguel, calou a sua voz. Infelizmente até hoje os mandantes do crime seguem impunes.

12 de Agosto de 1983. Foi calada a voz de Margarida Maria Alves, líder sindical, mulher de fibra, que não temia ameaças, lutava incessantemente pelos direitos dos trabalhadores e trabalhadoras rurais. Mas sua voz foi calada apenas momentaneamente! Ela permanece viva e imortal nos corações das mulheres, que lutam no dia a dia por seus direitos e dignidade. Suas palavras ecoam em seus corações, pensamentos, em suas bocas, em sua ações! Obrigada, Margarida Alves, pelo incrível legado que você nos deixou. Sua luta não foi em vão.

Para saber mais sobre a história dessa mulher magnífica, acessem: 
Marcha das Margaridas: 32 anos depois, líder ainda influencia mulheres do campo
Campanha 'Margarida na Memória'

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